quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tetra campeão brasileiro 2000


O ano de 2000 havia começado decepcionante para os vascaínos. Foram três decisões perdidas em seis meses: a do Mundial da Fifa para o Corinthians, em janeiro, a do Torneio Rio-São Paulo para o Palmeiras, em março, e a do Campeonato Estadual para o Flamengo, em junho. A única alegria do primeiro semestre cruzmaltino fora a conquista da Taça Guanabara, ganha com uma espetacular goleada por 5 a 1 contra o Flamengo, com três gols de Romário - um episódio que ficou conhecido com o "Chocolate de Páscoa".


Para o segundo semestre, a diretoria trouxe o treinador Oswaldo de Oliveira, então campeão brasileiro e mundial pelo Corinthians. Devido a uma disputa judicial entre a CBF e o Gama, o Campeonato Brasileiro não pôde ser realizado com esse nome e o Clube dos 13 criou a Copa João Havelange, com 114 clubes divididos em quatro módulos.

A estreia vascaína não foi boa: uma derrota por 2 a 0 para o Sport em São Januário. A partir daí foram sete partidas sem derrota até o segundo tropeço, contra o Bahia, na Fonte Nova. No jogo seguinte, uma vitória de virada sobre o Fluminense, por 4 a 3, fez com que o time engrenasse de vez na competição, passando mais sete partidas invicto. Nas últimas rodadas, já classificado, o time relaxou, perdeu mais alguns jogos e terminou a primeira fase em quinto lugar.

O adversário nas oitavas-de-final foi o Bahia, 12º colocado na primeira fase. A vaga foi conquistada com um empate por 3 a 3 em Salvador e uma vitória por 3 a 2 em São Januário, no jogo em que Juninho Paulista fez o milésimo gol vascaíno em Campeonatos Brasileiros. Nas quartas-de-final, Contra o Paraná, campeão do Módulo Amarelo, o Vasco venceu o jogo de ida em casa por 3 a 1 e perdeu em Curitiba por 1 a 0, classificando-se pelo saldo de gols. Caso sofresse o segundo gol nesse jogo o Vasco seria eliminado, pois o regulamento dava um peso maior ao número de gols marcados fora de casa.

Nas semifinais o adversário era ninguém menos do que o primeiro colocado da primeira fase, o Cruzeiro, dirigido por Felipão - que esnobara o Vasco antes do campeonato. No primeiro jogo, uma vitória tranquila por 2 a 0 (dois gols de Euller) até os 34 minutos do segundo tempo se transformou num frustrante empate por 2 a 2. O resultado, aliado a um desentendimento entre o então vice-presidente de futebol Eurico Miranda e o técnico Oswaldo de Oliveira, acabou provocando a queda deste último e a efetivação de Joel Santana.

Poucos torcedores acreditavam que o Vasco pudesse eliminar o Cruzeiro no Mineirão e se classificar para a decisão. Ainda mais porque empates por 0 a 0 ou 1 a 1 dariam a vaga na final ao clube mineiro. O que ninguém poderia prever, porém, era que entre os jogos da ida e da volta um verdadeiro milagre acontecesse: a virada histórica contra o Palmeiras na finalíssima da Copa Mercosul, em que o Vasco perdia por 3 a 0 e virou o jogo para 4 a 3. Esse jogo memorável encheu o grupo de motivação. O resultado foi uma vitória por 3 a 1 (gols de Juninho Pernambucano, Romário e Euller) em pleno Mineirão, que eliminou o clube de melhor campanha da competição diante de 64.287 pagantes, maior público da Copa João Havelange.

O adversário da final foi o então praticamente desconhecido São Caetano, vice-campeão do Módulo Amarelo que conquistou o respeito de todos ao eliminar, nos play-offs, três pesos-pesados do futebol brasileiro: Fluminense, Palmeiras e Grêmio. O primeiro jogo aconteceu em 27 de dezembro de 2000, no Parque Antártica, e terminou com o placar de 1 a 1, com os dois gols saindo no primeiro tempo. César abriu o placar aos 14 minutos para o time da casa e Romário empatou para o Vasco aos 28.

No jogo de volta, em 30 de dezembro, a queda do alambrado de São Januário após uma briga entre torcedores (acidente que deixou cerca de 170 feridos, três com gravidade) provocou a paralisação da partida aos 23 minutos do primeiro tempo. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu por unanimidade pela realização de um novo jogo.

A partida decisiva foi marcada para o dia 18 de janeiro de 2001, uma quinta-feira à tarde, e teve como palco o Maracanã, que estava passando por obras e teve que ser adaptado às pressas para a "missão". Não houve cobrança de ingresso; os bilhetes - 60 mil, sendo 20% destinados ao time visitante - foram distribuídos em São Januário e em São Caetano do Sul. Dirigentes do clube paulista tentaram dar parte de seus ingressos para torcidas organizadas de Flamengo, Fluminense e Botafogo, mas por motivos de segurança a idéia não foi à frente.




Na entrada dos times em campo, uma surpresa: a equipe vascaína estampava em seu uniforme um vistoso logotipo do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT); era uma retaliação à cobertura dada pela TV Globo ao episódio da queda do alambrado, considerada tendenciosa pela diretoria do clube. Quando a bola rolou, o forte calor não impediu a correria das duas equipes. O Vasco abriu o placar com Juninho Pernambucano aos 28 minutos de jogo e o São Caetano empatou com Adãozinho aos 36. Três minutos depois, Jorginho Paulista fez 2 a 1 para o Vasco, placar que se manteve até o fim do primeiro tempo.

Deste ponto em diante qualquer empate dava o título ao Azulão. Porém, aos sete minutos do segundo tempo, Romário tratou de tranquilizar a torcida fazendo o gol que não só fechou a campanha com chave de ouro como também garantiu sua primeira artilharia num Brasileirão, com 20 gols. Ao fim do jogo, o Baixinho, que fora campeão do mundo pela Seleção Brasileira na Copa de 1994, declarou: "se alguém tiver alguma coisa relacionada a tetra, pode me chamar".

O título da Taça João Havelange em 2000 foi o último com status de Campeonato Brasileiro conquistado peloVasco. A finalíssima contra o São Caetano também marcou a despedida de Juninho Pernambucano, que, após entrar em litígio com o clube, acertou com o Lyon, da França, onde obteve muito sucesso.

Tri Campeão brasileiro 1997

1997. Para os vascaínos, um ano mágico. Para o Brasil e para o mundo, um ano de alguns acontecimentos históricos. Foi neste ano que foi aprovada no Senado Federal brasileiro a Emenda Constitucional que possibilitou a reeleição de prefeitos, governadores e do presidente da república. Em junho daquele ano, o país via o nascer de um novo ídolo no esporte: Gustavo Kuerten, o Guga, vencera o torneio de Roland Garros, um dos mais importantes do tênis. 

Já no fim do ano, numa tarde ensolarada típica do verão carioca, um momento de extâse e glória coroou aquele que foi um dos anos mais marcantes da história do Vasco. Em 21 de dezembro 1997, num Maracanã com mais de 90 mil pessoas, o Vasco da Gama se sagrou campeão brasileiro pela terceira vez em sua história após um empate em 0 a 0 com o Palmeiras. 

Naquele dia, todas as grandes vitórias conquistadas ao longo de Campeonato Brasileiro foram coroadas com a bela taça do tricampeonato, que 15 anos depois repousa em lugar especial na sala de troféus de São Januário. E um certo " Animal" entrou de vez para o panteão de grandes ídolos da torcida vascaína. 

Edmundo, Felipe, Carlos Germano, Antônio Lopes, Evair, Mauro Galvão, Odvan, Juninho Pernambucano, Pedrinho, Ramon... Com uma equipe de craques consagrados e de jogadores que se tornariam ídolos do cruz-maltino, a conquista do Vasco não foi fácil e teve muitos momentos marcantes, alguns mais conhecidos e outros não muito lembrados pelos vascaínos. Como o golaço de Pedrinho sobre o Flamengo no início da competição, a goleada no dia do aniversário de 99 anos do Vasco, o dia em que Edmundo foi garçom de Evair... Recordar é viver! 

Bi-Campeão Brasileiro 1989

Uma festa inesquecível. Quinze anos depois de conquistar pela primeira vez o título de campeão brasileiro, o Vasco repetiu a façanha de forma dramática no Morumbi, na tarde do dia 16 de dezembro de 1989, um sábado. Só que desta vez, ao contrário da decisão de 1974, o Vasco era apontado como favorito.
A vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, confirmando o seu favoritismo na decisão do Campeonato Brasileiro de 1989, foi bem ao estilo do time: com ténica, garra e uma incrível aplicação tática que superou todos os obstáculos durante a competição e fez a alegria da sua torcida. Sempre confiante, invadiu o Morumbi e comemorou o título cantando o hino do clube (Ingresso: JPEG, 24k).
Não ficou dúvida. Era mesmo uma seleção. Que outro clube teve a ousadia de contratar tantos craques? Gente como o espetacular Bebeto, autor de gols memoráveis; o classico zagueiro equatoriano Quiñonez; o incansável lateral Luiz Carlos; e o experimentado Tita, que deu a consistência necessária ao meio-campo - essa gente se juntou a nomes respeitáveis. Como ao frio goleiro Acácio, ao cada vez mais brilhante Mazinho, ao talentoso Bismarck e ao oportunista Sorato. O técnico Nelsinho foi entrosando as novas contratações aos demais durante a competição, para surgir o que a torcida pedia: um time cheio de soluções para qualquer problema e, por vezes, brilhante. Ao longo da competição, o Vasco usou várias escalações, com os reservas sempre a altura dos titulares. E o resultado do investimento só podia ser este mesmo: Sele-Vasco com mais um trofeu no armário.

Campeão Brasileiro de 1974



O dia 1º de agosto de 1974 jamais será esquecido pelos cruzmaltinos. Afinal, há exatamente 35 anos, o Vasco derrotava o Cruzeiro por 2 a 1, no Maracanã, e conquistava o seu primeiro Campeonato Brasileiro. Hoje O Gigante da Colina contabiliza quatro títulos nacionais (1974, 1989, 1997 e 2000).


O Campeonato Brasileiro de futebol de 1974 teve inicio em 9 de março e se estendeu até 1° de agosto. Quarenta clubes divididos em dois grupos de vinte. Os onze primeiros de cada chave mais os dois times de melhor arrecadação na primeira fase passavam para a segunda onde eram formados quatro grupos de seis equipes. O campeão de cada chave classificava-se para um quadrangular final, em turno único, todos contra todos para decidirem o título. O Vasco da Gama sagrou-se campeão vencendo o Cruzeiro na final por 2 a 1. A taça de Campeão Brasileiro de 1974 (na época chamado de Campeonato Nacional) tem residência fixa há 35 anos: a sala de troféus do Vasco da Gama. Mesmo assim, o recalque de alguns jornalistas mal intencionados ainda teima em levantar polêmica quanto ao mérito cruzmaltino nessa conquista. Esses maus jornalistas pisam na memória de um time que foi achincalhado pelos adversários, considerado presa fácil, mas que se superou e conquistou um título de que a geração de vascaínos, que não era nascida ou não tinha idade para acompanhar futebol nessa época, tem que se orgulhar e muito!

sábado, 8 de junho de 2013

Mercosul 2000 - A virada histórica



Os vinte clubes foram divididos em cinco grupos. Na primeira fase os clube se enfrentavam dentro dos seus grupos com jogos de ida e volta. Os primeiros colocados, juntamente com os três melhores segundos colocados de cada grupo passavam à próxima fase (Quartas-de-final), onde mais uma vez enfrentavam-se em jogos de ida e volta, porém de forma eliminatória. O mesmo aplicava-se à semi-final. A final tinha a particularidade de ser disputada em três jogos.

Após os 2 primeiros jogos o placar era de uma vitória para cada lado e a decisão definitiva da taça num terceiro jogo no Parque Antártica. E que jogo. Até então uma partida equilibrada se transformou nos quinze minutos finais do primeiro tempo. Arce (de pênalti), Magrão e Tuta marcaram gols "relâmpagos" que desmontaram a defesa e o time vascaíno, abrindo uma vantagem mais que considerável no placar. O 3 a 0 parecia irreversível. Parecia.

Não para o time da virada. O Vasco não se abateu e começou uma das reações mais impressionantes da história do futebol. Tudo teve início aos 13 minutos, quando Romário, cobrando penalidade máxima, diminuiu o marcador para 3 a 1. Aos 24, outro penalti convertido por Romário e o placar já estava em 3 a 2. A expulsão de Júnior Baiano parecia que iria freiar a reação vascaína. Mas não foi isso que aconteceu. Aos 40 minutos, Juninho Paulista empatou a partida, e os ares favoráveis se mudavam de lado. E o impossível aconteceu. Aos 48 minutos, de novo ele, Romário virou o jogo e deu o título ao Vasco. Inacreditável, impressionante. 

Copa Libertadores da América 1998


Copa Libertadores da América de 1998 foi a 39ª edição da competição de futebol realizada todos os anos pela Confederação Sul-Americana de Futebol. Equipes das dez associações sul-americanas participaram do torneio, além dos clubes do México, que puderam participar da competição pela primeira vez.
Vasco da Gama, do Brasil, conquistou o título e uma vaga no Mundial de Clubes de 1998 que foi disputado no Japão, como representante da CONMEBOL, ao vencer o Barcelona, do Equador. O Vasco venceu ambas as partidas da Final. Na partida de ida realizada em São JanuárioRio de Janeiro, vitória por 2 a 0. Na partida de volta, nova vitória, desta vez por 2 a 1, no Estádio Isidro Romero, em Guayaquil, a vaga foi conquistada após o Vasco da Gama vender o River Plate da Argentina de virada com um gol de falta de Juninho, o que se tornou o gol mais importante da carreira do jogador, e lhe concedeu o título de gol Monumental.

Torneio Internacional de Paris 1957


Torneio Internacional de Paris de 1957 foi a primeira edição do Torneio Internacional de Paris, disputado por 4 equipes de Europa e América do Sul durante o mês de junho. A competição foi organizada pelo Racing Club de Paris.
O formato foi o mesmo para todas a edições, sempre disputadas no Parc des Princes, em Paris, na França, e ao longo de seu primeiro período de existência (1957-1966, quando organizado pelo Racing Club de Paris), quase sempre contando com o clube anfitrião, com um grande clube brasileiro de Rio de Janeiro ou São Paulo e com duas outras equipes européias. O Vasco da Gama sagrou-se campeão de forma invicta ao superar o bicampeão da Copa dos Campeões da UEFA Real Madrid por 4-3 na decisão.

Copa Rivadavia 1953


Copa Rivadavia foi um torneio internacional de futebol disputado entre 7 de junho e 4 de julho de1953 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sucedeu a Copa Rio Internacional de Clubes, que ganhou novo formato e nome: Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer, nome em homenagem ao presidente da Confederação Brasileira de Desportos (C.B.D.), com outros patrocinadores (mas com o mesmo organizador: CBD), e que teve o Vasco da Gama como campeão invicto. O fato do nome da taça homenagear um dirigente esportivo (no caso, Rivadavia Corrêa Meyer) é um fato comum ao futebol, sendo observado em várias competições oficiais (Taça Jules Rimet/Copa do Mundo,Supercopa João Havelange/Supercopa dos Campeões da LibertadoresTorneio Roberto Gomes PedrosaCopa Ouro Nicolas Leoz, etc), e não implica em qualquer conclusão sobre a oficialidade e o objetivo da competição.

domingo, 19 de maio de 2013



Campeonato Sul-Americano de Campeões 1948


Cada participante do torneio era o clube campeão da competição de futebol que era então considerada a mais importante de seu país, sendo que os países que tiveram representantes na competição venceram todas as edições daCopa Libertadores de 1960 até 1978 e 90% das Libertadores disputadas até hoje. O Vasco foi convidado a participar da competição em 18 de dezembro de 1947. O torneio teve elementos em comum com a primeira edição da Libertadores, disputada em 1960: sete países sul-americanos, cada um representado por um clube, que era o vigente campeão (no caso peruano, o vice) da principal competição de clubes de cada país na época. O nome oficial do torneio em espanhol, Campeonato Sudamericano de Campeones e o critério que embasou os convites (convidar o clube campeão vigente da competição mais importante de cada país) mostram, sem sombra de dúvida, que a idéia do Colo Colo era fazer um torneio que indicasse o campeão sul-americano. Jornais da época confirmam que, já na época (1948), o Vasco da Gama foi entendido como campeão sul-americano, um título que, ao longo da história, só seria aplicado a uma outra competição, a Copa Libertadores. O jornal paulista Mundo Esportivo, em sua edição de 18 de março de 1948 (página 7), tratou o título vascaíno como uma brilhante conquista e marco de uma nova etapa no futebol brasileiro, dizendo que em Santiago o Vasco destruiu o "complexo de inferioridade" do futebol brasileiro perante o futebol argentino; disse que cariocas, paulistas, mineiros, baianos e brasileiros de todos os cantos, flamenguistas, palmeirenses, são-paulinos, atleticanos e torcedores de todos os clubes do Brasil, gritavam todos "Viva o Vasco"